Sendo o meu primeiro livro, é uma Edição de Autor, escrita com grande paixão e entusiasmo. Ao escrever este livro tento expor a realidade vivida na década de 40 numa Aldeia do Alto Minho, com relatos de vivencias passadas, num Portugal de outros tempos, em que a infância não tinha o mesmo significado dos dias de hoje.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Prefácio
O autor dedica este livro à sua mãe, esposa, filhos e netos.
Um dia, já há muitos anos, fui colocado a fazer Serviço Militar como Adjunto do então Director do Museu Militar de Lisboa, Coronel Júlio Martins Mourão.
Foi no Museu Militar, em Santa Apolónia que vim a conhecer o António Sanches que ali fazia serviço como cabo escriturário – era muito educado e eficiente.
Passado tempo fui incumbido de uma missão espinhosa - montar de raiz o Museu Militar do Buçaco e organizar as comemorações da Batalha do Buçaco em Setembro, o que fiz com a ajuda do António Sanches e de um funcionário civil do Museu, o senhor Martins. Trabalho de que muito nos orgulhamos.
Mantivemos, o Sanches e eu, algum contacto e ele acabou por ir trabalhar para a mesma empresa em que eu, então, me encontrava.
Sempre nos demos bem e tínhamos um pelo outro a consideração que, naturalmente
se sente entre pessoas que se respeitam.
Entretanto, a vida, a reforma afastaram-nos um pouco, pelo que foi com surpresa que recebi o convite do António Sanches para escrever umas palavras para o seu livro, convite esse que é prova da amizade e consideração que lhe mereço, o que me enche de satisfação e até de vaidade.
Embora conhecendo o António Sanches fui surpreendido com o livro que escreveu.
Sou da província e lá vivi muitos anos, pelo que ler os episódios do livro, foi um relembrar de algumas coisas a que, como espectador, assisti.
O que mais me surpreendeu neste livro foi a verdade, a grande sinceridade com que está escrito e o retrato, muitas vezes pungente que faz de situações tão dolorosas.
É espantosa a ingénua aceitação daquelas vivências de uma enorme violência psicológica e o retrato dessa aceitação com tom de inexorável.
A resignação que ressalta na descrição das situações que viveu, o ambiente ingénuo destes escritos vem de uma conformação com a vida tal qual era, pelo convencimento de que nada a podia mudar, e a resignação que só crianças têm face ao irremediável.
Louvo o António Sanches, pela capacidade de ter ultrapassado os traumas que a vida lhe trouxera, então! Louvo-o pela força anímica e moral que lhe permitiu construir um futuro que, no fundo, ninguém lhe ensinara a conquistar.
Os traumas que ele viveu valorizam largamente todo o seu restante percurso, sempre crescente, desde o miúdo da escola primária, ao cabo Sanches - escriturário do Museu
Militar de Lisboa e do Buçaco - e ao funcionário do Arquivo de material audiovisual da
R.T.P., ganhando sempre a consideração de todos os que o conheciam.
Não posso deixar de louvar a coragem de publicar estas memórias que nos dão azo para meditar como a vida é, por vezes, tão dura, material e, ainda mais emocionalmente!
Bem hajas António Sanches pelo convite para escrever algumas linhas e pelo livro.
Que Deus te guarde e um abraço.
Carlos Manuel Álvares de Carvalho
Foi no Museu Militar, em Santa Apolónia que vim a conhecer o António Sanches que ali fazia serviço como cabo escriturário – era muito educado e eficiente.
Passado tempo fui incumbido de uma missão espinhosa - montar de raiz o Museu Militar do Buçaco e organizar as comemorações da Batalha do Buçaco em Setembro, o que fiz com a ajuda do António Sanches e de um funcionário civil do Museu, o senhor Martins. Trabalho de que muito nos orgulhamos.
Mantivemos, o Sanches e eu, algum contacto e ele acabou por ir trabalhar para a mesma empresa em que eu, então, me encontrava.
Sempre nos demos bem e tínhamos um pelo outro a consideração que, naturalmente
se sente entre pessoas que se respeitam.
Entretanto, a vida, a reforma afastaram-nos um pouco, pelo que foi com surpresa que recebi o convite do António Sanches para escrever umas palavras para o seu livro, convite esse que é prova da amizade e consideração que lhe mereço, o que me enche de satisfação e até de vaidade.
Embora conhecendo o António Sanches fui surpreendido com o livro que escreveu.
Sou da província e lá vivi muitos anos, pelo que ler os episódios do livro, foi um relembrar de algumas coisas a que, como espectador, assisti.
O que mais me surpreendeu neste livro foi a verdade, a grande sinceridade com que está escrito e o retrato, muitas vezes pungente que faz de situações tão dolorosas.
É espantosa a ingénua aceitação daquelas vivências de uma enorme violência psicológica e o retrato dessa aceitação com tom de inexorável.
A resignação que ressalta na descrição das situações que viveu, o ambiente ingénuo destes escritos vem de uma conformação com a vida tal qual era, pelo convencimento de que nada a podia mudar, e a resignação que só crianças têm face ao irremediável.
Louvo o António Sanches, pela capacidade de ter ultrapassado os traumas que a vida lhe trouxera, então! Louvo-o pela força anímica e moral que lhe permitiu construir um futuro que, no fundo, ninguém lhe ensinara a conquistar.
Os traumas que ele viveu valorizam largamente todo o seu restante percurso, sempre crescente, desde o miúdo da escola primária, ao cabo Sanches - escriturário do Museu
Militar de Lisboa e do Buçaco - e ao funcionário do Arquivo de material audiovisual da
R.T.P., ganhando sempre a consideração de todos os que o conheciam.
Não posso deixar de louvar a coragem de publicar estas memórias que nos dão azo para meditar como a vida é, por vezes, tão dura, material e, ainda mais emocionalmente!
Bem hajas António Sanches pelo convite para escrever algumas linhas e pelo livro.
Que Deus te guarde e um abraço.
Carlos Manuel Álvares de Carvalho
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