terça-feira, 20 de dezembro de 2011

APENAS UMA REFLEXÃO

 UM SUSPIRO.

Às cinco horas da manhã suou o alarme... “Um ‘ai’ profundo fora do comum”.
Estes tipos de ‘ais’ já me são familiares há vários meses mas, este não foi um ‘ai’ normal. Este foi bem mais audível acompanhado de um... ‘Meu Deus’. Naturalmente que não fiquei insensível a tal postura. Num ápice, luz acesa e a eterna pergunta:
“Então mãe!..., Está com dores?...”.  
Não houve resposta. Mas, o ‘Ai Meu Deus’ não passou despercebido. Será que o Deus suplicado a ajudou naquele momento?... Mesmo não sendo um praticante convencional no que diz respeito a estas ‘coisas’ só nossas, eu Acredito. Digo mesmo que, quero Acreditar. 

No entanto, quantos suspiros são expirados a suplicar “Àquele” que acreditamos, uma ajudinha para um ‘passamento’ sem dor e em Paz!... Ás vezes... e raras vezes descubro nela um olhar ofuscado reflectido no teto, talvez transformado num ‘Paraíso’ imaginário. Sem esboçar um único sorriso, deixa fechar pálpebras e de lábios serrados, dá continuidade à imobilidade absoluta.

Não há fome, não há sede, não há dor expressa!..., apenas um sofrimento silencioso procedido de um sono intranquilo, faz-me reflectir num sono eterno. Nesse dia, tudo acabará..., não vou ouvir mais ‘ais’.... Fica o vazio doentio. E eu?... E a minha Beatriz?...

Será que temos de passar por tamanha tragédia de vida?...
Será que alguém se irá preocupar com os nossos ‘Ais’?...   
Temo aquele dia ‘negro’ que destroça o nosso coração.
Não sei se serei capaz de dizer:

ADEUS MÃE.... ATÉ QUALQUER DIA.

 A. Sanches

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